D. Maria Pia de Sabóia é pedida em casamento, por D. Luís, numa carta dirigida a Vìtor Emanuel II, seu pai. Após o casamento por procuração em Turim, é recebida em Belém por D. Luís que prepara o Palácio da Ajuda para ser a sua futura casa. Mãe do futuro Rei D. Carlos, a sua ligação a Cascais foi amplamente registada em fotografias que testemunham o quotidiano da família real nos dias de veraneio.
Em 1865 D. Luís I e D. Maria Pia de Sabóia iniciam uma série de viagens ao estrangeiro e são influenciados pelas novas tendências à mesa. Como é o caso do «serviço à russa» e do uso de menus, introduzido por Urbain Dubois (chefe de cozinha de Guilherme I, rei da Prússia). Os menus eram, na maior parte dos casos escritos em francês. O jantar, que habitualmente se servia às 18h00, em dias de festa era servido a uma hora mais tardia e dele faziam parte mais pratos do que era habitual, o assado e o punch não podiam faltar. Tomava-se Carcavelos Seco com a sopa. Uma das sobremesas que não podia faltar era o arroz-doce. Nos palácios do Estoril, Sintra e Ajuda a rainha organiza almoços, jantares e piqueniques na praia e no campo. Grandes festas decorriam no Palácio da Ajuda, inclusive os festejos de casamento do seu filho D. Carlos com D. Amélia.
D. Maria Pia dedicou-se de forma intensa a atividades de beneficência, era conhecida como o Anjo da Caridade e Mãe dos Pobres. A primeira causa que recebeu o seu apoio foi o Asilo da Infância Desvalida. Mulher de coragem nos momentos decisivos, interessada pelos assuntos da época, dedicada ao marido e à dinastia, mãe extremosa, esta rainha consorte foi amada pelos portugueses.
Uma das experiências gastronómicas que preparamos, na Casa de Santa Maria, em Cascais, é precisamente dedicada a esta Rainha e ao seu aniversário! Saiba mais sobre esta experiência que faz parte do ciclo de Experiências Gastronómicas e Culturais "Cultura à mesa", aqui.