O arroz-doce é a sobremesa mais comum em todo o país. A receita é provavelmente de origem árabe. A primeira versão escrita data de 1680 e é de Domingos Rodrigues: «entese-se em água um arrátel de arroz, e depois coza-se com uma canada de leite e um arrátel de açúcar, e água de flor; como estiver cozido mande-se à mesa com canela por cima.»
No presente, há diversas versões da receita espalhadas pelas diferentes regiões do país. E há também um arroz-doce saloio. A informação para esta receita foi recolhida em Cascais, no Mercado da Vila, e foi transmitida por Helena Neves, vendedora de legumes e frutas no Mercado da Vila, há mais de 50 anos. Diz que desde sempre o prepara para a família nas épocas festivas. «Não há festa, romaria ou casamento sem um arroz-doce. E também se fazia arroz-doce nos conventos. (…). Ingredientes simples e fáceis de identificar criaram uma variedade de receitas que permitem estabelecer um percurso por todo o Portugal e entender as variantes da vasta gama de arroz-doce. E comecemos pelo fundamental, o arroz, que tem de ser carolino. Depois vem o leite, o açúcar, a canela, os ovos, a casca de laranja ou limão. Há ainda um produto que pouco se usa, a água de flor de laranjeira, ou a água de rosas, que tantos doces temperaram até ao final do século XVIII.»
100 g de arroz carolino
100 g de açúcar
750 ml de leite
200 ml de água
1 casca de limão
1 pau de canela
1 noz de manteiga
3 gemas
Canela para polvilhar q.b.
1. Coloque a água a ferver com o pau de canela, a casca de limão e a manteiga.
2. Acrescente o arroz e deixe cozer.
3.Adicione o leite quente, à medida que o arroz começa a «secar», mexendo até atingir a consistência desejada.
4. Junte o açúcar e mexa.
5. Dilua as gemas num pouco de leite frio e junte ao preparado.
6. Deixe levantar fervura e retire do lume.
7. Coloque num prato de servir e decore, ainda morno, com canela.
8. Sirva morno ou frio.
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