
Existe uma nova rota em Cascais, a literária, que foi inaugurada dia 22 de outubro. O Cascais Food Lab preparou as Areias e as Joaninhas para uma das recriações realizadas pelo Teatro Experimental de Cascais (TEC).
Na apresentação desta nova rota, o Cascais Food Lab proporcionou o momento mais doce, com a preparação de areias e as Joaninhas para uma das recriações realizadas pelo Teatro Experimental de Cascais (TEC). A verdade é que Alberto Pimentel (um dos autores mencionados na Rota) exaltou, na sua obra “Sem passar a Fronteira” de 1902, a Calçada da Assunção (atual Marquês Leal Pancada), bem como a doçaria da Antiga Casa Faz-Tudo.
Quem traçou esta rota foi António Ribeiro, aluno da Escola Superior de Hotelaria e Turismo, no âmbito de um estágio de mestrado que a Câmara Municipal de Cascais lhe faculta em parceria com a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Nesta rota vão encontrar locais que permanecem eternos, graças à vida e obra de grandes escritores como Ramalho Ortigão, Almeida Garrett, Maria Amália Vaz de Carvalho, Alberto Pimental (já referido), Ruben A., Branquinho da Fonseca, Eça de Queiroz e Fernando Pessoa.
Curiosidades que talvez não conhecessem e que são, agora reveladas numa visita guiada pelos Locals.
Sabiam que o escritor, poeta e dramaturgo Almeida Garrett viveu uma relação secreta com a Viscondessa da Luz?
E que Ramalho Ortigão ficará para sempre ligado à praia da Duquesa? Ele era um apaixonado pelas praias de Portugal.
Sabiam Que Eça de Queiroz passava temporadas na casa de São Bernardo e organizava tertúlias que contavam com a presença de Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro e o conde de Sabugosa?
Mas as curiosidades não ficam por aqui. Foi na Vila D. Pedro, residência que cedida pela Duquesa de Palmela, que Maria Amália Vaz de Carvalho encontrou refúgio numa fase mais dramática da sua vida. E foi no Chalet Leitão que o escritor Ruben A. passava as suas férias de verão e onde se reunia com Almada Negreiros, António Duarte e Barata Feyo. E por fim, um dos locais mais icónicos da nossa vila, a Boca do Inferno, foi cenário de uma rocambolesca “novela” encenando o desaparecimento ficcionado do astrólogo inglês Aleister Crowley, que serviu de inspiração a Fernando Pessoa para o romance policial “A Boca do Inferno”.
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