Data
Rota: 18h30
Jantar: 20h00
Preço
Local
Casa de Santa Maria
Uma verdadeira viagem gastronómica influenciada por escritores portugueses que encontraram na nossa vila o seu refúgio criativo e que deu origem à Rota Literária de Cascais desenhada por António Ribeiro, aluno de mestrado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril no âmbito de um estágio que a Câmara Municipal de Cascais lhe facultou.
Este momento será uma articulação entre diferentes áreas do conhecimento como a literatura, o turismo e a gastronomia, proporcionando aos convidados a vivência do património, da identidade cultural e da autenticidade da comunidade de Cascais.
Há semelhança do primeiro evento, os pratos servidos irão interpretar os escritores e as suas obras literárias revelando-se numa prática criativa e comunicativa, potenciando diferentes receções e perceções das suas produções literárias.
Mas antes de se sentar á mesa poderá descobrir parte desta rota na companhia Cascais Jovem (Programa Locals) de alguns dos seus ilustres protagonistas. A vila de Cascais emana invariavelmente uma noção de lazer prazeroso e por isso surge como cenário privilegiado para estórias, personagens e escritores.
Ainda o advento ferroviário do final do século XIX não havia iniciado e já Almeida Garrett se escapulia furtivamente até Cascais, em busca do seu amor proibido, a Viscondessa da Luz.
Com o progressivo esbatimento das distâncias entre a vila e a capital, cada vez mais foram os autores que escreveram sobre Cascais.
Ramalho Ortigão enalteceu as praias e as propriedades terapêuticas das suas águas, ao passo que Alberto Pimentel se deliciou com a gastronomia local. Para Fernando Pessoa e Maria Amália Vaz de Carvalho, Cascais era um refúgio espiritual reconfortante. Eça de Queiroz reunia os principais intelectuais da sua época em animados jantares na Casa de S. Bernardo. E pese embora a faceta naturalmente descontraída da vila, esta também não podia escapar às principais questões do seu tempo, como nos lembra Ruben A., após ter convivido com vários refugiados da Segunda Guerra Mundial no Chalet Leitão, junto à Baía.
Obrigatório destacar ainda o papel de Branquinho da Fonseca, responsável por aproximar as bibliotecas da comunidade, através do seu reconhecido trabalho enquanto conservador do Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães.
A partir destas múltiplas referências que ligam os livros à vila, nasceu a Rota Literária de Cascais, que pretende constituir-se como um meio de promoção do património literário local.